Eric Trump: Barcos Venezuelanos Explodem por Fentanil

Eric Trump defende strikes de Trump contra barcos da Venezuela: 'Explodem em pedaços'. Revela perdas pessoais com fentanil.

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Créditos: NICHOLAS KAMM / AFP

Eric Trump Defende Ataques Americanos a Barcos Venezuelanos: "Explodem em Mil Pedaços" e Revela Perdas Pessoais com Fentanil

Eric Trump saiu em defesa veemente das operações militares de seu pai contra o narcotráfico na Venezuela, afirmando que "agora, toda vez que um barco sai da Venezuela, ele é explodido em um milhão de pedaços. É exatamente o que está acontecendo todos os dias". A declaração, proferida em entrevista recente à Fox News, veio acompanhada de uma anedota pessoal impactante: "Eu pessoalmente tenho quatro amigos que perderam filhos para o fentanil". Essa retórica agressiva reforça a narrativa da Casa Branca de que os ataques aéreos no Caribe estão salvando vidas americanas ao interromper o fluxo de drogas, mas ignora críticas crescentes de que o fentanil chega principalmente da China via México, não de rotas marítimas venezuelanas.


Os strikes, iniciados em setembro sob ordens diretas de Donald Trump, já destruíram pelo menos duas embarcações de alta velocidade ligadas a cartéis, com o Pentágono confirmando uma operação em 16 de outubro a 200 milhas náuticas da costa. Trump pai justificou as ações como essencial para combater "narcoterroristas" que envenenam a sociedade americana, ecoando o tom de Eric ao vincular os alvos diretamente ao regime de Nicolás Maduro. No entanto, especialistas em segurança, como os do The Atlantic, desmentem a premissa: menos de 1% do fentanil apreendido nos EUA vem do Caribe, e os bombardeios arriscam escaladas diplomáticas com aliados de Maduro, como Rússia e China, além de impactos colaterais em pescadores inocentes. A Casa Branca rebate, alegando que os ataques preveniram "centenas de milhares de mortes", uma estimativa contestada por fact-checks da CNN como inflacionada e sem base em dados da DEA.


A menção pessoal de Eric Trump humaniza o argumento da família, mas expõe as fissuras na estratégia: enquanto ele lamenta as perdas de amigos – uma tragédia que reflete as 100 mil overdoses anuais de opioides nos EUA –, a política ignora soluções domésticas como regulação de precursores químicos chineses ou expansão de tratamentos de vício. Maduro, por sua vez, rotulou os ataques como "atos de guerra" e prometeu retaliação assimétrica, mobilizando milícias na fronteira enquanto a PDVSA enfrenta novas sanções que congelam US$ 7 bilhões em ativos. No Congresso americano, democratas como Nancy Pelosi exigem audiências para avaliar os custos éticos e financeiros, especialmente após a renúncia de um almirante da Marinha citando "preocupações morais" com a expansão das operações.


Essa cruzada familiar Trump contra a Venezuela não é mera retórica: ela acelera uma doutrina de "América Primeiro" que prioriza ações unilaterais sobre negociações multilaterais, com o risco de uma crise humanitária que já expulsou 7 milhões de venezuelanos. Eric Trump encerrou sua fala com um apelo direto: "Eles estão envenenando nossa sociedade". Se os barcos continuam a explodir, a pergunta persiste: isso corta o mal pela raiz ou apenas inflama um barril de pólvora regional?

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