![]() |
Reprodução: Brian Krassenstein/X |
Milhares Marcham em 'No Kings Day': Protestos em Chicago e Washington DC Denunciam Corrupção de Trump como 'Maior da História'
Milhares de manifestantes lotaram o Grant Park, em Chicago, nesta sábado para o "No Kings Day", uma ação nacional que grita amor pela América e repúdio à presidência de Donald Trump, rotulada por críticos como fracassada e corrupta até o osso. A multidão, estimada em mais de 100 mil pessoas, ergueu cartazes com o lema "No Kings! Ever!" enquanto marchava contra o que chamam de autoritarismo rampante, com foco em sanções econômicas que sufocam famílias e políticas de imigração que dividem nações. O evento, segunda onda de protestos após junho que atraiu 5 milhões em todo o país, transforma ruas em palco de resistência, com celebridades como John Cusack bradando que Trump deve "ir para o inferno" em meio a um mar de bandeiras americanas e faixas contra a "monarquia Trump".
Em Washington DC, o fogo da indignação queimou ainda mais alto no rally principal, onde o senador Chris Murphy, de Connecticut, cuspiu verdades cruas contra o presidente: "A verdade é que Donald Trump é o presidente mais corrupto na história dos Estados Unidos da América". Ao lado de Bernie Sanders, Murphy liderou a multidão na Ellipse, perto da Casa Branca, condenando a "erosão da democracia" por meio de indultos a aliados e negócios familiares que cheiram a conflito de interesses. Os protestos, organizados por uma coalizão de esquerda, eclodiram em mais de 2.600 cidades, de Nova York a San Diego, com marchas que cruzam pontes simbólicas como a Memorial Bridge em Arlington, ecoando o medo de que Trump planeje monumentos pessoais que pisoteiem legados como o de Lincoln. No total, organizadores preveem milhões nas ruas, uma resposta direta às recentes ameaças de Trump de intervenções militares no exterior e raids de ICE que aterrorizam comunidades imigrantes.
Esses atos não são mera catarse: eles expõem rachaduras profundas no segundo mandato de Trump, onde escândalos como o uso de fundos públicos para eventos familiares e a nomeação de doadores para cargos chave alimentam acusações de nepotismo institucionalizado. Em Chicago, a marcha partiu do Butler Field às 13h, convergindo para o centro com discursos que ligam a corrupção de Trump à fome em Gaza e à escalada de tensões com a Venezuela, argumentando que o "América Primeiro" é código para "eu primeiro". Críticos republicanos, como visto em ataques no Politico, rotulam os protestos de "ataques doentios", mas a resposta é uníssona: a liberdade de expressão não é monopólio conservador. Enquanto a polícia monitora sem incidentes maiores, o movimento pressiona o Congresso democrata a bloquear orçamentos federais até que cortes em saúde sejam revertidos, transformando o descontentamento em alavanca legislativa.
O "No Kings Day" não termina hoje: ele sinaliza uma América que recusa coroas em uma república frágil, com vozes como a de Raphael Warnock ecoando que "sua voz é sua dignidade, e sua dignidade é sua democracia". Trump pode ignorar as ruas, mas os números falam alto – e eles demandam accountability agora, antes que a corrupção vire tradição.