Homem Acusado de Assassinar Namorada em Banheira Shetland

Aren Pearson, 41, condenado por esfaquear Claire Leveque, 24, mais de 25 vezes em banheira nas Shetland. Detalhes do julgamento e defesa.
Aren Pearson condenado por assassinato Claire Leveque Shetland 2025
Créditos: CBC

Homem Canadense É Condenado por Assassinar Namorada em Banheira de Hidromassagem nas Ilhas Shetland

Aren Pearson, um canadense de 41 anos, foi declarado culpado de assassinar sua namorada de 24 anos, Claire Leveque, ao esfaqueá-la mais de 25 vezes no pescoço e no peito em uma banheira de hidromassagem nas Ilhas Shetland, na Escócia. O crime ocorreu em 11 de fevereiro de 2023, na casa da mãe de Pearson, em Sandness, e o veredicto unânime do júri no Tribunal Superior de Edimburgo veio nesta quarta-feira, encerrando um julgamento que expôs uma cena de violência brutal e mentiras desesperadas. Pearson, que se mudou para a Escócia com Leveque no início de 2023, negou as acusações durante todo o processo, alegando que a vítima havia se esfaqueado sozinha – uma defesa que o júri rejeitou de forma categórica após ouvir testemunhos gráficos e evidências irrefutáveis.

O incidente começou na noite do dia 11, quando Pearson entrou na cozinha da casa de sua mãe, Hazel Pearson, e retornou com uma faca. Ele se esfaqueou no pescoço e confessou à mãe que havia ferido a namorada, antes de ela descobrir Leveque na banheira instalada em um galpão no quintal. A água estava vermelha de sangue, e o corpo da jovem canadense, coberta de ferimentos graves no rosto, jazia imóvel. Hazel Pearson relatou à polícia que a cena era de horror puro: "Claire estava coberta de sangue. Ela tinha ferimentos graves no rosto". Leveque, natural de Westlock, Alberta, morreu no local, vítima de um ataque que chocou a isolada comunidade das Shetland e ecoou de volta ao Canadá, onde sua família a descrevia como uma "garota típica de papai", aventureira e sempre positiva.

Durante o julgamento em Edimburgo, a promotoria desmontou a narrativa de Pearson com precisão cirúrgica. Testemunhos, incluindo o da mãe do réu, pintaram um quadro claro de premeditação e pânico: Pearson admitiu o ferimento à namorada antes mesmo de qualquer investigação, e as lesões na vítima – mais de duas dúzias de perfurações profundas – eram incompatíveis com autoagressão, conforme peritos forenses. A defesa insistiu na versão de suicídio, mas o júri, após deliberação breve, optou pela verdade: assassinato em primeiro grau. O caso destaca as tensões em relacionamentos transnacionais, agravadas pelo isolamento das ilhas remotas, onde serviços de emergência demoram a chegar – um fator que selou o destino de Leveque naquela noite gelada de inverno.

Pearson enfrenta sentença após as 14h de hoje, com expectativa de prisão perpétua sob a lei escocesa, que reserva o mínimo de 15 anos para homicídios culposos, mas eleva para mais em casos de brutalidade como este. O pai de Claire, Clint Leveque, falou à CBC sobre a perda irreparável: "Não há palavras para descrever esta situação toda. Ela me mandava 'eu te amo, pai' todas as noites da vida dela". O veredicto traz algum fechamento a uma família devastada, mas reforça uma lição dura: a violência doméstica não respeita fronteiras, e negações frágeis desmoronam sob o peso da evidência. As autoridades escocesas agora investigam se houve sinais prévios de abuso, enquanto a comunidade das Shetland processa o trauma de um crime que transformou um lar em cena de crime.

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