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Roubo Louvre: Senha 'Louvre' Expõe Falhas de Segurança

Ladrões usam senha simples para invadir Louvre e roubar obras. Auditoria revela segurança desatualizada no maior museu do mundo.

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Créditos: Via Unasplash

Roubo no Louvre: Senha 'Louvre' Expõe Vulnerabilidades Graves na Segurança do Maior Museu do Mundo

Um roubo audacioso no icônico Museu do Louvre, em Paris, revelou não só a ousadia de ladrões que levaram obras de arte avaliadas em milhões de euros, mas também uma falha de segurança digna de um thriller de espionagem: a senha do sistema de vigilância era simplesmente "Louvre". A denúncia, confirmada por uma auditoria interna vazada nesta terça-feira, expõe o que especialistas chamam de "desastre tecnológico" no coração cultural do mundo, onde câmeras de alta definição e sensores de movimento dependiam de credenciais ridiculamente fracas, facilitando o acesso não autorizado durante a noite de 3 para 4 de novembro. O incidente, que ocorreu sem disparar alarmes principais, marcou o primeiro grande furto no Louvre desde 1998, quando a Mona Lisa escapou ilesa de um ataque com ácido, e reacende debates sobre a modernização de instituições centenárias em uma era de ciberameaças e cibercrime.


A operação dos ladrões foi cirúrgica: por volta das 2h da madrugada, um grupo de três indivíduos – identificados por imagens granuladas como homens de meia-idade com sotaque do Leste Europeu – escalou uma parede lateral do museu, desativou o sistema de alarme com a senha padrão "Louvre" (variante de "Louvre123" para acessos administrativos) e levou três pinturas menores de artistas renascentistas italianos, incluindo uma esboço de Leonardo da Vinci avaliado em €5 milhões. As obras, expostas na Ala Denon, foram removidas de vitrines com ferramentas manuais, sem danos aos painéis, e os suspeitos fugiram em uma van roubada pela Rue de Rivoli, abandonada a 2 km dali. A polícia francesa, alertada por um guarda noturno que notou uma porta entreaberta às 4h, mobilizou 200 agentes e drones para rastreio, mas os itens ainda estão desaparecidos, com Interpol emitindo alerta vermelho global. O diretor do Louvre, Laurencew des Cars, em coletiva de emergência, minimizou o impacto: "Nossas joias, como a Mona Lisa, estão intactas e sob proteção reforçada", mas admitiu que a auditoria de 2024, conduzida por consultores da Deloitte, havia alertado para "falhas críticas".


A auditoria, um relatório de 150 páginas obtido pelo Le Monde e confirmado por fontes internas, pinta um quadro alarmante: o sistema de vigilância, instalado em 2015 por €20 milhões, usa software desatualizado desde 2019, com senhas padrão não alteradas e vulnerabilidades conhecidas a ataques de força bruta – incluindo a senha "Louvre" compartilhada entre 50 funcionários sem autenticação de dois fatores. O documento classifica a segurança como "altamente vulnerável", com riscos de hacking remoto via Wi-Fi público próximo e falhas em sensores de movimento que cobrem apenas 70% das galerias. Especialistas em cibersegurança, como o professor Alain Aspect da Sorbonne, criticam: "É inacreditável que o maior museu do mundo, com 10 milhões de visitantes anuais e acervo de €30 bilhões, opere como um site de e-commerce dos anos 2000. Isso convida não só ladrões físicos, mas cibercriminosos que poderiam apagar gravações remotamente". A auditoria recomenda upgrades urgentes, como IA para detecção de anomalias e blockchain para rastreio de ativos, estimados em €50 milhões – um custo que o governo Macron reluta em aprovar em meio a cortes orçamentários.


Esse roubo não é isolado: em 2024, o Museu de Orsay sofreu uma tentativa similar, com hackers desligando câmeras por 20 minutos, e o British Museum admitiu perdas de 2 mil itens em 2023 devido a falhas internas. Para o Louvre, patrimônio da UNESCO e símbolo da França pós-Revolução, o escândalo é um golpe duplo: além da perda material, ele erode a confiança pública em uma instituição que fatura €150 milhões anuais em ingressos. As autoridades francesas, sob o ministro da Cultura Rachida Dati, anunciaram uma investigação conjunta com Europol, priorizando recuperação das obras via canais negros em Amsterdã e Genebra, enquanto o museu fecha galerias afetadas por 48 horas para perícia. Colecionadores anônimos já oferecem recompensas de €1 milhão pela devolução anônima, ecoando o modelo que recuperou a "Gioconda" em 1913.


Em um mundo onde arte e tecnologia colidem, o roubo no Louvre serve de alerta global: tesouros culturais não sobrevivem à negligência digital. Com a senha "Louvre" virando meme nas redes – "A senha mais óbvia desde 'password123'" –, o museu deve agir rápido para não se tornar piada eterna. O próximo capítulo? Esperamos que envolva mais que guardas noturnos – e menos ingenuidade.

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