Promova a tua musica aqui! Inscrever-se

Funk Carioca Morreu? A Verdade Chocante sobre o Trapfunk

O ritmo do Morro foi engolido pelo Trap? Analisamos como a batida original do Funk Carioca mudou para conquistar o mundo.
Fenias Samuel Pelembe

 

funk-carioca-morreu-trapfunk-global
Oruam - Reprodução: Revista Dazed

O Funk é o teu vizinho barulhento, meu irmão.

Imagina só, tu estás na tua, tranquilo, a escutar aquelas cenas internacionais, o R&B, aquele Hip-Hop americano que te faz sentir boss. De repente, bum! Chega um som do Brasil que te atinge na cara e no corpo. É alto, é direto, é rápido. Não pede licença a ninguém.

Isto é o Funk Carioca.

O Funk é aquele puto da favela que não tinha nada e, de um dia para o outro, aparece no teu feed, no teu TikTok, nas playlists de Oruam e MC Poze. E não veio de avião de primeira classe, não. Veio na caravana da batida, construído na base de muito suor e criatividade pura.

Enquanto a alta sociedade tentava esconder este som, chamando-o de "coisa de bandido" ou "música que estraga a juventude", o Funk estava a fazer o que sempre soube: a resistir e a contar a vida de quem está no escuro, de quem nunca teve microfone.

Tu sabes como funciona. O Funk nasceu onde a luz do governo não chegava, mas onde a chama da criação era forte. Era o som das competições de DJ nos bailes, onde o único luxo era a força para fazer a caixa de som berrar. Era uma batida crua, letra que falava da vida sem filtros, sem enfeites.

Mas o mundo é grande, meu cotchinho. E o que acontece quando um ritmo que te mexe tanto o corpo esbarra na tecnologia, no streaming e, principalmente, no Trap?

O Trap, com a sua lentidão pesada, os seus 808s fundos e a sua obsessão por guita e aparecer, veio dos becos americanos. No início, parecia que não ia dar certo. Mas o Funk brasileiro, sempre à procura de se reinventar, olhou para o Trap e pensou: "Se eu meter esta cadência aqui, ninguém me segura!"

Foi aí que nasceu o Trapfunk.

Não foi só uma junção musical, estás a ver? Foi uma jogada de mestre para o palco global. O Trap deu ao Funk uma nova capa, mais com postura internacional, com mais style no instrumental. O Funk deu ao Trap brasileiro a velocidade de dança que faltava, aquela coisa que te agarra e te faz mexer o corpo na hora.

E o que deu? Estrondo.

Hoje, o Trapfunk já não é só do Brasil. É do mundo. É o som que aparece nos desafios do Instagram, é a música que o DJ da discoteca toca quando quer ver a pista a incendiar. Os MCs brasileiros, que há uns anos batalhavam para gravar um CD, estão agora a fechar contratos com marcas de luxo, a viver na city e a aparecer nas revistas.

O que é que tiras daqui?

Tiras que o teu sucesso vai criar inveja, mas ele é imparável quando tem verdade e ritmo. Assim como a vizinhança olhou para a tua mansão e disse que vieste "estragar a paz", a crítica olhou para o Funk e disse que ele vinha "estragar a música".

Mas o Funk — e agora o Trapfunk — nunca deu ouvidos. Ele avançou, partiu as regrastomou conta do streaming e provou que a cultura que faz a diferença nasce no chão, no asfalto quente, onde as histórias são verdadeiras e as batidas são mais firmes que qualquer juízo.

Não tentes meter o Funk em ordem, deixa-o desorganizar o mundo.

E tu? O que é que achas mesmo? Este ritmo é só fase ou veio para ficar e escrever uma nova história na música? Manda a tua opinião aí, vamos mandar essa conversa!

Postar um comentário

Cookie Consent
We serve cookies on this site to analyze traffic, remember your preferences, and optimize your experience.
Oops!
It seems there is something wrong with your internet connection. Please connect to the internet and start browsing again.
AdBlock Detected!
We have detected that you are using adblocking plugin in your browser.
The revenue we earn by the advertisements is used to manage this website, we request you to whitelist our website in your adblocking plugin.
Site is Blocked
Sorry! This site is not available in your country.